Canne's Model 3.1
Eu a olhava, por detrás das lentes dos óculos escuros, em meio à bagunça dos sons que emanavam das grandes caixas, dali lhe parecia o paraíso do Bon Vivant, cigarros, bebida, amigos ao redor, e sentado no gramado, observando duas das razões de minha vida, a beleza dela e da música que lhe parecia um jogo, ou quem sabe uma dança?
Os flashs e a fumaça emabaraçam os rostos de quem ele não queria ver, a subservência de um ser de características únicas, acomapanhava o balanço da sua imaginação.
Então nos abraçamos, eu me deitei ao seu lado naquela mente conturbada que eu tenho, e amanhecemos cantando e conversando, e você me perguntou porque eu resistia tanto à chegar perto mesmo quando estava dando chances claras, e eu lhe respondi que foi por medo de estar sonhando, e quando te tocasse, acordar.
Falastes da tua vida, embora o vinho já tenha me feito esquecer grande parte, falastes que era bom o cheiro de alfazema ao acordar, que te agradava o vermelho, que ja' tinha vivido mais que quizesse.
O corte tênue que rasgava as linhas na meia calça, o tom de terra, e nos olhos encantadores o sono, o cheiro que me parecia ter voltado a um paraíso, talvez aquela noite tenha sido um sonho,
mas eu já a havia sentido o gosto disto uma vez, o tom de sangüe dos lábios, a dança nem tão
puritana, nem tão devassa. As dores anestesiadas de um corpo que nunca foi talhado para as peripécias boêmias, me fazia sentir solitário, ainda permeava o seu calor, e as vagas imagens. A tortura de ser eu mesmo, e de saber que não iria muito longe com aquelas idéias, me fizeram relevar todo e qualquer sentimento fútil seja de culpa, espectativa ou insegurança.
Mesmo que a vontade fosse carregá-la pra onde eu sabia ser seguro, enquanto minha jaqueta lhe serviria de cobertor.
Fui mesmerizado, e pelas próximas tardes mee atormentaria o fato de não tê-la por perto para admirar, pois era este o meu hobby favorito, nos seus(nossos) últimos, 28 encontros, que eu estranhamente contei.
Adorava o jeito como ela sorria do nada, se encolhia do Frio, escondia uma falha no rosto, que parecia-lhe charme, e particularmente ele gostaria de catalogar cada detalhe de seu corpo como um universo á ser explorado, o sinal à esquerda abaixo da clavícula me recordava cada sinal que lhe imaginara, cada planeta ainda não descoberto, cada estrela ainda não catalogada .
Cruzava as pernas como uma criança, e como uma equilibrista apoiava-se sob as pontas dos pés, prendia o cabelo, e respirava fundo, tomava me o cigarro das mãos e levava à boca com tom de provocação.
Ela não precisava de adjetivos, ele não precisava de mais nada, lhe bastava olhá-la e à partir disto, senti-la.
Eu a olhava, por detrás das lentes dos óculos escuros, em meio à bagunça dos sons que emanavam das grandes caixas, dali lhe parecia o paraíso do Bon Vivant, cigarros, bebida, amigos ao redor, e sentado no gramado, observando duas das razões de minha vida, a beleza dela e da música que lhe parecia um jogo, ou quem sabe uma dança?
Os flashs e a fumaça emabaraçam os rostos de quem ele não queria ver, a subservência de um ser de características únicas, acomapanhava o balanço da sua imaginação.
Então nos abraçamos, eu me deitei ao seu lado naquela mente conturbada que eu tenho, e amanhecemos cantando e conversando, e você me perguntou porque eu resistia tanto à chegar perto mesmo quando estava dando chances claras, e eu lhe respondi que foi por medo de estar sonhando, e quando te tocasse, acordar.
Falastes da tua vida, embora o vinho já tenha me feito esquecer grande parte, falastes que era bom o cheiro de alfazema ao acordar, que te agradava o vermelho, que ja' tinha vivido mais que quizesse.
O corte tênue que rasgava as linhas na meia calça, o tom de terra, e nos olhos encantadores o sono, o cheiro que me parecia ter voltado a um paraíso, talvez aquela noite tenha sido um sonho,
mas eu já a havia sentido o gosto disto uma vez, o tom de sangüe dos lábios, a dança nem tão
puritana, nem tão devassa. As dores anestesiadas de um corpo que nunca foi talhado para as peripécias boêmias, me fazia sentir solitário, ainda permeava o seu calor, e as vagas imagens. A tortura de ser eu mesmo, e de saber que não iria muito longe com aquelas idéias, me fizeram relevar todo e qualquer sentimento fútil seja de culpa, espectativa ou insegurança.
Mesmo que a vontade fosse carregá-la pra onde eu sabia ser seguro, enquanto minha jaqueta lhe serviria de cobertor.
Fui mesmerizado, e pelas próximas tardes mee atormentaria o fato de não tê-la por perto para admirar, pois era este o meu hobby favorito, nos seus(nossos) últimos, 28 encontros, que eu estranhamente contei.
Adorava o jeito como ela sorria do nada, se encolhia do Frio, escondia uma falha no rosto, que parecia-lhe charme, e particularmente ele gostaria de catalogar cada detalhe de seu corpo como um universo á ser explorado, o sinal à esquerda abaixo da clavícula me recordava cada sinal que lhe imaginara, cada planeta ainda não descoberto, cada estrela ainda não catalogada .
Cruzava as pernas como uma criança, e como uma equilibrista apoiava-se sob as pontas dos pés, prendia o cabelo, e respirava fundo, tomava me o cigarro das mãos e levava à boca com tom de provocação.
Ela não precisava de adjetivos, ele não precisava de mais nada, lhe bastava olhá-la e à partir disto, senti-la.
Ela salvou meu dia, e minha noite.
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