sexta-feira, 29 de maio de 2009

Ronda no Limbo.

Canne's Model 23.50.12

Arpão numa das mãos, e esperança na outra
Esquecer des seu passado e preocupações,
Fazer de conta que tudo é parte da roupa
Ante a face cansada, os instintos e palavrões.
Já que os mares de água doce te consomem
Enterra neles a tua raiva e desprezo,
Fazendo da pesca de almas e rostos dos homens
Um esporte olímpico, triado por peso.

Levita, bate no ar como se ele fosse reagir, e toma um chá de querência.
Ancora, amarra os passos curtos e a dramática audição na distância
Navega, permutando teus defeitos de fábrica pela fraca crença da resistência.
Aporta, carregado de ódio, dos erros que não são teus, nem da criança.

Sozinhos


Canne's Model 29.05



Como te parece querida, andar pelos campos vazios, de papoula ou birra da índia ?
E entre tantas pessoas, escolher a que vai te fazer sofrer para acompanhar...
Sejas racional, meu bem, e entenda que seu lugar e o meu é lugar nenhum,
Páres com este capricho infantil de ser o melhor todos esperam, ou pedem um gole de rum.
O que nos faz ser assim únicos dentre a multidão, é o estranho gosto do equívoco.
Ergue o brinde por ora, já não importa, quanto mais tentas, mais me afogo,
E ela tenta se matar, e ele à outra consegue engravidar, e este chora de solidão
E a outra dança a indecisão, vem cantar com estes cães escondidos?
Porque eu farei, do teu jogo de estratégia um de velocidade, alcoól e perigo.
Sabes, quando eu descer a mata cerrada, e tropeçar na lama do rio vazante
Irei sujar mais que a beira da calça, é além disto baby, é o espectro da essência errante.
Cairei morrendo, catando pedaços deste romance, que tanto insisto em levar à diante.
E destruindo meu ego, minha mente, minha alma e consolo de tudo me desapego,
Para que antes que uma catástrofe aconteça, eu e tu faremos isto juntos e tu adormeças.
Enquanto eu procurar abrigo, para os cacos que ainda estaria juntando, tu irás acordar,
E quem sabe até me ajudar, à não me perder mais, não largar tua mão, e irás pro lado de lá
Sem receio, perjúrio, ou incertezas, iremos com as marcas e não serei mais o único esteio
De tuas lamúrias, mitos e lamentações inexistentes, porque a cada ex-amor que encontro na rua,
Estará estampado e bem marcado TEU, de posse, e de merecimento, de um apaixonado,
Que perdeu os sentidos, que perdeu a personalidade por um último tiro, um suspiro
De ter contigo, esperança de não mais, caminhar sozinho.

domingo, 24 de maio de 2009

As Linhas de Força de Kashmir


Canne's Model 0.45




Linhas de Força

Houve um momento da vida, onde até eu me convenci
Que sonhar acordado, é bom pra alma corpo e mente
Já que efemeridade, dos atos que eu mesmo escolhi
Pela minha pouca idade, me iludiu convenientemente.

Traguei a mesma raiva, realidade da elite e da ralé
Mas foi pela Mãe Gaia, que hoje fui o que ela pensa que é
Reitero a cortesia, de um quarto de milha ou velho pangaré
De dar resposta à alegria, àqueles que ainda dormem de pé.

Toque, de medo ou agonia, mestre de arte cênica ou de matar
Melhor ainda se espero cedo, pra este ou aquele caos planar.
Mecha com as suas próprias estrelas, esqueça os outros entretenimentos
Percorra as escalas de um á outro esquema pra fazer o melhor que pode!

E essa cobertura, de uma linha de força que lentamente
Nos carregam à uma outra era de gentileza e talvez alegria
Da boa escolha de uma companhia, numa cama quente
Meticulosamente à espera de um milagre da tecnologia.

Rastejando á beira do poço, meço a cada centímetro daqui
Quanto tempo nos resta pra rastrear?
E até onde eu posso fazer você e eu
Capturar a essência deste lugar
Eletrizante como os veios de Kashmir.

sábado, 23 de maio de 2009

Sobras


Canne's Model in.felicidade



Porque o palhaço ainda tenta ser pedreiro?
Ele se esforça, ri, canta e chora
Mas no fundo não quer ser outra coisa
Que não palhaço.
Aos zumbidos que estouram em suas orelhas
Os olhos em chamas,
A tensão da carne, que impede os dentes
De arrancar-lhe os dedos.
O palhaço é em suma, arteiro,
Não gosta de se precaver, prender ou mudar sua exência
Mas é antes disto tudo...um mero idiota apaixonado,
Que à revelia dos bons costumes, vive, ou tenta viver.
Se é sério, está fingindo,
Se é alegre, está fugindo...
Se é ele mesmo, está fudido.
Pobre palhaço, enterrar-se-a nas sobras do que ja' foi.
Nas garrafas vazias e bitucas no chão...
Nos amores perdidos, e amigos falsos,
Quem sabe em um lugar frio e úmido, sozinho.
Como pregara a profecia, a noite abraça os que a ela pertencem.
E o palhaço tenta infortuniamente, ser pedreiro
Não porque lhe agrada, ou por condescendência
Para com o circo que lhe rodeia, e precisa que ele se adeque...
Mas porque era isto que fazia à ela feliz, e ele chora construindo
Onde ele não pode fazer rir.
Respeitável público, o palhaço que tenta ser pedreiro, e que explode os muros que ele mesmo ergue, fazendo o que sabe fazer, sendo quem tem que ser.
Ele mesmo...
Saltimbancos à seu lado, mestres de obra e ajudantes à sua frente, e o show continua.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Passeio no Rio


Canne's Model s.a.m.b.a.r.

Olhe que bonita a flor, que pintei na lapela
Correndo de pés descalços eu vou, ao encontro dela
Se adianto um minuto, ela zanga que até assusta
Mas se atraso um encontro, seu humor vira tortura!
Não adianta tentar se esquivar, não
Nem muito menos pedir por favor meu bem.
Baby eu te pego no mesmo lugar,
E conto os segundos pra passar a dor...
Hoje eu moldo a tua cabeça, mudo teu mundo
Antes que tu me enlouqueças
Rezo pro santo que não acredito,
Peco na cama, e nos bares da vida!
Minha tensão é mais que vertical.
Todos os sentidos das mãos à cabeça
Te provocam e à mim nesta maldição de ser e tentar chegar no final.
E naquele passeio do rio, me prestei á ser teu atirador
Fazer contínuo fluxo de negociações com serafins
Deixo teus olhos nos meus e finjo-te juras de amor.
Cabelos ao vento, e o estranho assovio nos ouvidos, sim!
Entreguei meu carinho, afeto e atenção
Pra essa minha vida, queimando meus pesadelos.
Encaixo cada peça neste fiasco da interrogação!
Penso que até o fundo disto estarei feliz antes do despero.

domingo, 17 de maio de 2009

Adaptar à circusntância (Transgressor da Lei)


Canne's Model 1.3



Minha idade já não importa pra sair.
Jogo escondido pela noite, não quero aparecer
E tudo que é que planejado não te faz sentir,
Que há algo de muito errado com você?

Porque ser um transgressor da lei
Toda vida apenas fazendo barulho
Tentou tanto que só eu sei!
Que homem é este atrás do teu orgulho.

(Eu não vou partir, enquanto eles não me pegarem)
Eu segurei , correndo ao teu lado!
( pra mudar este frame de realidade!)

Yeaaah!

Por ser um Transgressor da lei...
Às vezes vale à pena, se fazer de importante
Agradeço às dicas que peguei...
No manual da anti-política de se foder em um instante.

Me deixem em paz, eu nada fiz pra vocês
Errados são os livros que eu não concordei
Contando segredos amarrados numa transa à três!

Se não tinha que ser didático,
Ou menos que fazer sentido.
Cada acorde vem me contar,
Hoje morreu mais um de seus amigos.

Eu não vou partir, enquanto eles não me pegarem...
Eu continuo correndo, modelando sonhos em realidade!

Sendo mais ...

Transgressor,

Transgressor,

Transgressor da lei!

Sendo mais ...

Transgressor,

Transgressor,

Transgressor da lei!

terça-feira, 12 de maio de 2009

Isa, Ira;


Canne's Model.4Shared;D



Conheces à quem te importa Isadora
Odeias o que não podes mudar,
A desplante dos pesadelos da história
De uma raio de escuridão solar.

A mercê dos pais e do roubo astronômico
Atirando-me às pedras da costa do horror
Ate' eles diante de meu amor platônico
Arriscam as fantasias de um jovem senhor.

O veneno que espalham por todo meu corpo,
Atiçando as mentiras que o mundo conta
De certo transtornam os meus sentidos
E até gosto pois durmo e sonho contigo...

Nos cortes e fogos, serpentina e confete
Que chave quebraram no meu casaco ao zarpar?
Façam deste e de outros o que mais odeio
Contos à métrica e padrão normalista.

Desfarce de raiva moral, ética-idealista
Te separando dos grupos de meninas
Quando os quinze passarem e olhares pra trás
Irás rir de tudo isso e dos meus carnavais.

Já sou rude e até um tanto ignorante
Me talharam à facas, desgosto e cincel
Sou matéria vencida, artigo desimportante
E só importo-me contigo és a lua de meu céu

Roda, rodopia, gira e termines tonta
Pra que estranhos nos olhem com aceitação
E em mim te carregue pra onde queiras seguir
Longe das promessas, medos e desilusões.


http://www.4shared.com/file/104977990/e13aa5e7/Isa_Ira__PlasticHarmonica_.html

segunda-feira, 11 de maio de 2009

E se fosse mais normal?


Canne's Model.autocrítica.autocráta.

Não teria tantos amigos, nem tampouco inimigos
O corpo não me afligiria, contudo a mente ...
Abateriam-me as dívidas da alma!
E restariam poucos para apreciar a calma.
Ó Turbilhão, inflado pelas chamas da raiva.
Agradeçei à família por ser tão compreensiva,
Sejas afável aos vermes que tanto te importunam
Para que tudo dê errado repetidamente,
E não te sobre a ífima parte do ser.

À quem interessar possa, estamos naufragando,
Afundando nas lágrimas dos copos cheios
Destilando a dor de nossos peitos
E assolando a lógica da vida
Mantenha o rumo firme Timoneiro
Ergue-te á proa e põe-te à beijar a estatueta
Por Júpiter e Vênus, abraça-te á fé dos que morrem.
Recorda-te dos fios e imagens do passado, e adentra na garganta
Do Diabo,

terça-feira, 5 de maio de 2009

3 minutos*


Canne's Model minutes.03



(Telefone)


Metálicos contidos em qualquer janela
Essa e' a relação que temos aqui
Brigas e crises à nossa espera
E persistimos fortes sem desistir,

A marcha fúnebre das páginas em branco
Eu não perguntarei mais de uma vez
Sobre a anti-estrutura do conto do ano
A última bala do meu Rifle 23.

(Teclado)

O mundo todo aposta contra nós.
E toda a trupe de céticos e moralistas.
Não nos conhecem na cama ou nos lençóis
Queriam nossa vaga de excluídos das vistas!

(Gritos Desnecessários)

Mas eu te trago uma novidade,
Não te escondo, espero sempre o fim
Porque na minha pouca idade
Sofri demais, nunca confiei assim.

Deixe estes complexos de irrealidade
Quero te provar por dentro e por fora
Usemos a nossa peça de (i)maturidade
Desejar o melhor e o pior em nós, agora.


Há 3 minutos. Há espera, daqueles graves berros.
Devastando os agudos nas palafitas firmes contra os ventos.
Corte e impessoalidade, de canções que falam de corações-de-ferro.
Tentando enfim lembrar um passado que não tivemos;

domingo, 3 de maio de 2009

As Sirenes de Sexta Feira




Canne's Model P.M.


Chegou ás 3 da manhã, com traje esporte fino e salto alto
Gozando da experiência farta de nos deixar para baixo...
PhD de Direito, calça justa, e bem passada
Ela é a dona do mundo, se sente rainha do pedaço;
Paty Menina sente aqui, abaixe o volume dance pra mim
Bote os meninos para fora, hora da cama, o mundo é assim
Aquele nosso ambiente escuro, úmido e frio, com barras de ferro
Camuflam as sereias, os bêbados e vagabundos que sempre te esperam.
Olha aqui, baby, ela disse não vá sem mim pra cama
Tenho algemas e um cacetete, hoje o céu é Louisiana.
Cruzando as pernas e vertentes indiscretas da diversão
O povo a chama de Paty, P. puta de furacão!
Gosta de ser olhada, idolatrada e salve salve P.
A ela merece, ser bem tradada por mim e vocês
Agora menina, se porte bem, nós vamos passear
Temos mais tantas casas pra botar pra quebrar
Olha o fim da noite, tira o belo chapéu e véu rendado
Colhe os louros e as glórias particularmente entusiasmada
Porque ela e' a Rainha dos trabalhadores e desocupados
Paty Menina, me agarre e abra as pernas, seja pólvora queimada.

(Sirenes...)